FICHA TÉCNICA

Atividade
Dança

Dança

Nível da condição física necessária

Nível básico a intermédio.

Intensidade
Grupos musculares envolvidos
grupos_musculares_corpo_dancaabdominaisisquiotibiaisquadrícepsgémeos
Benefícios

Melhor saúde física e mental, aumento da força muscular dos membros inferiores, maior eficiência nas atividades da vida diária, melhor mobilidade articular, maior flexibilidade, melhor funcionalidade.

Recomendação geral para a população aparentemente saudável

Individual ou em grupo

Observações

Dança de forma recreativa pode ser praticada pela maioria da população, sendo necessária uma melhor condição física para se poder praticar de forma mais estruturada e avançada. Aliado à dança, o comportamento sedentário ao longo do dia também deve ser reduzido.

Adelaide
Adelaide, 77 anos

Adelaide, nasceu há 77 anos em Guimarães, cidade onde continua a residir. Viúva e reformada há mais de uma década, criou três filhos e tem hoje um papel central na vida dos quatro netos. Ainda jovem sofreu um acidente que lhe roubou uma das pernas, o que nunca a impediu de ser ativa. Sem carta de condução, as caminhadas sempre fizeram parte da sua vida, por isso faz questão de preparar pratos saudáveis, onde não entram alimentos processados. Compra há anos as frutas e os legumes no mesmo mercado.

Motivação,
estratégias e dicas

Lembro-me de ir com a minha mãe à praça todos os sábados de manhã. De mão dada, percorríamos todas as banquinhas e falávamos a toda a gente. Uma vez feitas as compras para a semana, lá íamos ambas rua fora até casa, passando pelo café e pelo jardim, parando no caminho para falarmos a amigos e conhecidos. Era cansativo, mas eu adorava. Sempre gostei de passear e, mais do que isso, de dançar!

Não perdia um bailarico - foi num deles que conheci o meu marido – mas depois de casada, apesar de adorar música, nunca dançava por causa da minha perna. Eu conseguia dançar! Fartava-me de dançar em casa sozinha, mas em público tinha vergonha de ser ridícula e só de pensar que as pessoas podiam comentar.. o meu marido adorava dançar e eu passava a vida a recusar-me a ir com ele aos bailes por causa do embaraço! Até deixei de ouvir música.

Depois do falecimento do meu marido dei por mim a passar cada vez mais tempo em casa, sozinha. A solidão é a pior coisa – é um vazio que se alimenta de nós e que vai absorvendo, aos poucos, a nossa energia e alegria. Felizmente tenho uma família muito atenta e no final de um almoço lá em casa, prometi aos meus filhos – e a mim mesma – duas coisas: procurar ajuda psicológica e voltar a ouvir música.

De facto, foram os primeiros dois passos para uma reviravolta: passei a sair mais de casa, a passear com os meus netos, e o engraçado é que num desses passeios, acabei à porta de uma associação a ouvir música de baile que vinha do interior. Enchi-me de coragem e entrei. Há tanto tempo que não me divertia assim. Dancei, dancei e voltei a dançar. Quando saí, percebi que não fazia sentido deixar de fazer aquilo que mais gostava. Desde então, não perco um bailarico.