Desde muito novo que pratico desporto de alta competição de forma muito intensa. Frequentemente, o final de uma carreira profissional no desporto significa, para os ex-atletas, uma forte quebra na sua forma física, dado que o corpo estava habituado a uma rotina de exercício físico que, agora, desapareceu.
Para não sofrer essas agruras, procurei sempre manter-me ativo após o final da minha carreira de futebolista. Mas nem sempre é fácil. Estou já um pouco farto de ginásios - foram longos anos de ginásio diário - e com o pouco tempo disponível que a Federação me deixa, para além das corridas na marginal, aproveito todas as oportunidades para ser fisicamente ativo.
A bicicleta como meio de transporte acabou por ser um passo natural. Um dia, estava a entrar no carro para ir almoçar com uns amigos e reparei que tinha a bicicleta encostada a uma parede da garagem! Lembro-me de pensar, na altura, que não fazia sentido, pois desde os meus tempos nos Açores que sempre adorei andar de bicicleta.
Tinham que ver o espanto dos meus amigos quando apareci de bicicleta no almoço. Ninguém conseguia acreditar que tinha percorrido uma distância tão grande a pedalar.